quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Aos meus amigos de hoje




Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!


(Vinícius de Moraes)








terça-feira, 23 de novembro de 2010

A vida tinha uma graça diferente ...





Quando tudo parece chato ... e vc olha no espelho e não vê graça ... é hora de inovar !!!

Me lembro quando tinha 17 anos.

Cabelos vermelhos, desalinhados e naturalmente lisos, calças rasgadas e cheias de alfinetes, usava chinelinho de couro.

Ouvia Renato Russo, Marisa Monte e Cazuza. Caminhava durante a madrugada com um bando de loucos de teatro que tocavam violão. Era a mais nova do bando.

Escrevia contos, questionava a vida e batia forte no peito dizendo: I CAN !!!


A vida tinha uma graça diferente ...


HOJE : os cabelos não são mais naturais, nem brilho tem ... os chinelinhos de couro ainda os guardo em um armário velho.

Renato e Cazuza morreram e o bando de loucos não tocam mais violão.

Contos não escrevo mais, mas a vida continuo questionando.

Não bato mais com tanta força no peito (grito em silêcio).


Hoje, tenho quase 30, sou tia, a mais velha da turma e na vida falta graça !!!